Comunidade Surda

Bem vindos!

A existência deste blog deve-se ao facto de estar a estudar Tradução e Interpretação em LGP. Para quem não sabe o que é LGP, eu explico... É Língua Gestual Portuguesa, a nossa 2ª língua oficial! Desde que iniciei o curso que aprendi bastante sobre a Comunidade Surda, algo que pensava conhecer... estava completamente enganada!

Espero que também aprendam como eu, que o mundo não é somente preto e branco, também existem outras cores.....





sábado, 15 de janeiro de 2011

Ser Surdo?

Em termos clínico-terapêuticos, Ser Surdo significa ser portador de uma deficiência auditiva, .
Em termos antropológicos, Surdo refere-se a um indivíduo de uma minoria linguística e cultural com costumes, atitudes e valores distintos e uma constituição física diferente.

Ouvintismo ou racismo?

No ponto de vista academico “ouvintismo” designa o estudo da surdez do ponto de vista da deficiência, da clinicalização e da necessidade de normalização.
Do ponto de vista cultural, será racismo????

A Importância dos Intérpretes de Língua Gestual

O intérprete de LGP deverá:
- Ser capaz de compreender as necessidades específicas das pessoas surdas, facilitando a comunicação entre ouvintes e surdos;
- Saber identificar o grau de compreensão e de domínio da língua oral, gestual e escrita de pessoas surdas e ouvintes de modo a ajustar o processo de comunicação ao grau de compreensão e domínio dos presentes;
- Utilizar os métodos e técnicas de tradução e interpretação adequadamente bem;
- Utilizar de forma clara e precisa, a LGP, a língua portuguesa e uma língua estrangeira no quotidiano e em situações que exigem especialização, transmitindo de forma clara, o conteúdo, o sentido e a emoção da mensagem das pessoas presentes.
Solow (1982) refere o intérprete como aquele que actua de elo comunicacional entre pessoas, não passando para a sua prática a sua opinião pessoal.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Comunidade Surda

O termo comunidade surda chegou a Portugal através da formação do movimento de Consciência Surda, durante a década de 80 do século XX.
Segundo Baker & Cokely, “a comunidade surda é constituída por membros surdos e com dificuldades auditivas que possuem uma língua, experiências e valores comuns e uma forma comum de interagirem entre si e com as pessoas ouvintes”.
A comunidade surda é viva, aberta em permanente mudança, da qual fazem parte também ouvintes que, em contacto com os surdos e através deles, adquiriram uma percepção da sua visão do mundo, perspectivas e objectivos enquanto comunidade, valorizando a língua e a cultura surdas, participando e lutando, lado a lado, pelos direitos do surdo enquanto cidadão.
“Cada comunidade tem a sua língua e o direito inalienável de a usar em todas as suas vertentes: cultural, educativa, científica, lúdica e informativa”